“Homofobia tem
cura: educação e criminalização”. Com esse lema, que pautou os cartazes, as
palavras de ordem e os discursos, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que congrega 257 organizações LGBT
em todo o país, reuniu cerca de mil manifestantes na Praça dos Três Poderes, em
Brasília, na manhã desta quarta-feira (16), na 3ª Marcha Nacional contra a
Homofobia.
A gente acredita que
educando se combate a homofobia. Muitos jovens acabam se evadindo da escola por
causa do preconceito e muitas transexuais não são aceitas pela sociedade. Por
isso, o movimento pede mais educação”, diz Denílson Júnior, diretor da União
dos Estudantes (UNE) e um dos organizadores da marcha.
O ato pretende ser mais uma demonstração de força
de toda a comunidade LGBT brasileira na luta pelos direitos humanos e a
valorização das diversidades.
Nos últimos anos, no Brasil, diversos grupos
intolerantes e de extrema-direita vem orquestrando ações políticas e violentas
visando tentar inibir toda comunidade LGBT e outras minorias na luta pelos seus
direitos, explicam os organizadores.
“Nesse sentido reforçamos a necessidade de
combatermos juntos todas as atitudes e práticas excludentes, racistas,
homofóbicas e discriminatórias para que juntos possamos construir um mundo
colorido baseado no respeito às diferenças e no apoio-mútuo”, continuam,
explicando as imensas faixas, bandeira e diversos outros adereços coloridos
espalhadas na praça .
Várias reivindicações
As outras reivindicações são: políticas
efetivas de combate à homofobia nas escolas, campanhas governamentais de enfrentamento
à homofobia e promoção do respeito à diversidade sexual e o fim da influência
dos parlamentares fundamentalistas nas decisões do governo.
O movimento LGBT também incluiu em suas
reivindicações a cassação do “deputado racista e homofóbico” Jair Bolsonaro
(PP-RJ).
Nesta quinta-feira (17) será comemorado o dia
internacional contra a homofobia. Em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
retirou da lista de doenças mentais a homossexualidade e, desde então, a data é
comemorada com manifestações que pedem o fim da discriminação baseada na
orientação sexual.
De Brasília
Márcia Xavier
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