Na terça-feira, a tela do JN voltou a ser o que se espera de um telejornal da Globo em véspera de eleição: sob comando de Ali Kamel (um diretor de jornalismo que gasta seu tempo tentando intimidar blogueiros com ações judiciais), a TV da família Marinho fez um balanço de 18 minutos sobre o “mensalão”. Repita-se: balanço sobre um julgamento que não acabou.
Normal que se noticie o que acontece no
STF. Anormal que se gaste quase metade de um telejornal para fazer
“balanço” do que não terminou. Isso às vésperas da eleição. O MSM
(Movimento dos Sem Mídia) entrou com um pedido na Procuradoria Geral da
República para que a Globo seja investigada por crime eleitoral. Na
petição, o MSM lembra outros episódios pré-eleitorais envolvendo a
Globo: Proconsult contra Brizola (82), debate editado para prejudicar
Lula (89), bolinha de papel em 2010…
Agora, outro fato grave. O site de “O
Globo” estampou na capa, nessa quinta-feira, notícia sobre o
cancelamento do ENEM! A notícia – falsa – teria sido espalhada por
apoiador de Serra em São Paulo. Cerca de uma hora depois, “O Globo”
publicou a nota que se segue:
Esclarecimento: Enem 2012 não foi cancelado
RIO – Por motivo alheio à vontade do
GLOBO, uma reportagem publicada no site em 2009, que noticiava o
cancelamento das provas do Enem naquele ano, voltou a circular na rede
via Facebook, aparecendo em listas de mais lidas da rede social,
reproduzidas de forma automática em nossa homepage.
O GLOBO esclarece que o Enem 2012
não foi cancelado e que está tomando providências junto aos
administradores da rede social para que a reportagem de 2009 saia das
citadas listas do Facebook em nosso site.
===
A explicação de “O Globo” parece frágil.
Qualquer notícia que estiver entre as mais lidas vai pra capa do site?
Não há controle? Se um robô bombardear o facebook com frases em russo,
isso vai parar na capa do site?
Tá bom…
A tentativa de espalhar pânico para tirar votos de Haddad parece sinal de desespero.
E eu diria mais: “por motivos alheios à vontade do Globo”, Serra vai perder a eleição.
Com ou sem boato.
Por: Rodrigo Vianna
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