domingo, 26 de agosto de 2012

Dilma e Mercadante a favor dos 10% do PIB na educação

Na tarde de ontem (22), no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff recebeu representantes de movimentos estudantis para discutir as reivindicações quanto aos investimentos do Governo Federal na área educacional, em especial a aprovação  imediata e integral do texto do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê o investimento de 10% do PIB no setor até 2022.
Dilma se reuniu com os representantes dos principais movimentos estudantis do país. Daniel Iliescu, Luana Bonone, e Manuela Braga, presidentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), respectivamente.
Além deles,  Aloizio Mercadante,  ministro da Educação, e a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo também participaram da reunião, que obteve bons posicionamentos do ministro e da presidente. Mercadante declarou que o governo tem interesse em investir os recursos dos royalties do petróleo e do pré-sal na educação.
“O governo está disposto a colocar todos os royalties do petróleo e do pré-sal e pelo menos metade do fundo social do petróleo para educação, exclusivamente para educação, isso para os municípios, os estados e a União (…) Essa é a posição do governo, é isso que nós vamos defender no Congresso Nacional, é uma posição da presidenta.”, afirmou Mercadante.
Iliescu e os estudantes se mostraram totalmente contrários à posição de Guido Mantega, ministro da Fazenda, que declarou que se houvesse o investimento de 10% do PIB na educação, o país poderia quebrar.  Quanto à Dilma,  Iliescu disse entender a preocupação  dela.
“A presidenta (e nós concordamos com a opinião dela) está preocupada em não ter uma postura irresponsável de designar um percentual de investimento do PIB sem identificar a fonte de custeio. Dilma falou que, se for possível vincular no Congresso os 100% dos royalties do pré-sal para a Educação, o governo é a favor dos 10% do PIB. Ao contrário do que falou o ministro da Fazenda, que esse percentual poderia quebrar o Brasil, achamos que é um investimento virtuoso e necessário”
Iliescu declarou para Dilma que os 10% do PIB são a principal luta dos estudantes, professores e de todo movimento educacional e é o ponto mais importante do PNE. Em defesa da classe, Iliescu declarou que as riquezas minerais são do povo, portanto seus recursos devem ser aplicados em benefício social, na educação pública. Com esse argumento, Dilma se comprometeu a defender que a educação receba 50% do Fundo Social do Pré-sal e 100% dos royalties dessa riqueza mineral.
Mercadante se posicionou favorável aos investimentos na educação, que desperdiçar na “máquina pública”: “É muito melhor colocar os royalties do petróleo na sala de aula do que desperdiçar na máquina pública (…) A função prioritária dos royalties é preparar a economia pós-petróleo, o petróleo é uma fonte de energia não-renovável e o melhor caminho para preparar o Brasil para o pós-petróleo é o investimento em educação”, disse.

Redação com agências

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