Neste domingo, 10/08/2008, foi realizado o seminário de gestão da União da Juventude Socialista - DF. O seminário contou com a participação de cerca de trinta militantes das diversas cidades do Distrito Federal, e nele discutiu-se a organização da entidade para o segundo semestre de 2008.
Como de costume, o seminário iniciou-se com a intervenção sobre a conjuntura internacional, com enfoque na América Latina, e na conjuntura política nacional.
Leandro Cerqueira, presidente da UJS-DF, destacou o fortalecimento do campo progressista na região, com a ascensão ao poder de lideranças de esquerda, como na Bolívia, Venezuela, Equador, Brasil, Argentina.
De acordo com Cerqueira, o avanço de setores democráticos e patrióticos em nosso continente é uma resposta dos povos aos anos de exploração neo-liberal. Os povos latino-americanos ambicionam o resgate do Estado enquanto indutor do desenvolvimento e seu protagonismo na redução das desigualdades sociais.
O dirigente também atentou que apesar momento favorável vivido pela esquerda na América Latina, há sempre a ameaça de retorno ao poder por parte dos setores conservadores, como se pode observar por exemplo, na agenda pessimista imposta pela mídia no Brasil, nas greves dos produtores rurais que há pouco bloqueavam as estradas e paravam a Argentina, na ofensiva separatista empreendida pelas oligarquias bolivianas contra o governo popular daquele país.
Com relação ao Brasil, Cerqueira destacou os importantes avanços sociais do atual governo, mas ressaltou o fato de não ter ocorrido mudanças estruturais na sociedade brasileira.
Para o presidente da UJS-DF, falta ao atual governo convicção política para empreender as mudanças mais profundas que o País precisa. Apesar da enorme popularidade, o governo mostra-se tímido para por em prática políticas ainda mais avançadas, e acaba por não promover as reformas estruturais no Brasil, como a reforma agrária, a reforma política, a reforma tributária, dentre outras.
Em razão dessa timidez, um próximo governo, caso não pertença ao campo progressista que hoje está no poder, poderá facilmente retroceder nas conquistas, resgantando políticas comprovadamente fracassadas que assolaram o país antes da era Lula.
Diante do quadro positivo porém instável que marca a política brasileira nesse momento, a UJS, enquanto força revolucionária, precisa estar preparada e consciente de seu papel na disputa que se dará em 2010, a fim de contribuir para que os avanços dos últimos anos tenham continuidade.
Passando-se à discussão acerca da UJS-DF, ressaltou-se, com relação às finanças, o excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pelo secretário de finanças Tiago, que nos últimos meses tem garantido os recursos essenciais ao bom funcionamento da UJS. Pela primeira vez no Distrito Federal, a UJS aponta para uma gestão eficiente nessa área, de grande importância para o crescimento de nossa organização.
Além das finanças, discutiu-se também a formação. Entre a leitura entusiasmada de poemas e avançadas intervenções viu-se que, como nunca antes na UJS-DF, a formação, o domínio da teoria marxista assumiu grande importância para nossa entidade. O militante/dirigente da UJS deve ser capaz de travar o debate ideológico com as forças opositoras, deve ter conhecimento de seu papel e da importância de sua atuação. Ou seja, é preciso que compreenda sua missão de agente modificador tanto da realidade local, nas escolas e universidades, quanto da realidade nacional. Como bem ressaltado no seminário, "não há prática revolucionária sem teoria revolucionária".
Finalmente, no que se refere a comunicação, destacou-se a necessidade de reativar e aprimorar as iniciativas já existentes, como o grupo, o site, o blog e o jornal " O trombone". Nas gestões anteriores essas iniciativas não tiveram continuidade ou não foram manuseadas com a regularidade que a dinâmica da UJS demanda.
Ocorria que em virtude do baixo número de militantes, a direção tinha que se desdobrar para cumprir a agenda da UJS, e isso fazia com que algumas áreas, dentre elas a comunicação ficassem em segundo plano.
Agora a nova direção tem a oportunidade de corrigir essa falha, pois a UJS vive um momento privilegiado, com quadros disponíveis para atuar nessa área. A comunicação da UJS deverá ser utilizada para formar e informar os filiados, divulgar a entidade, e também como forma de luta pela quebra do domínio quase que exclusivo da comunicação por forças conservadoras.
Além disso, percebeu-se a necessidade de criação de espaços de comunicação entre os organismos da UJS, para que os militantes das diversas cidades possam saber o que os outros estão fazendo, para que todos saibam o que está se passando na UJS em suas várias frentes.
Quanto ao debate relativo à organização, um aspecto que foi diversas vezes ressaltado nas intervenções do seminário foi a " transversalidade". Segundo os militantes que abordaram o tema, a transversalidade consiste na conexão entre as diversas áreas que compõe a direção da UJS, como as finanças, a comunicação, a formação e a organização. É preciso que haja uma coordenação entre todos esses campos para que a UJS possa se expandir.
Como bem exemplificado pelo camarada Felipe Vieira (UBES), a transversalidade pode ser observada quando por exemplo para realizar uma atividade, como uma passeata, é preciso haver uma integração entre as finanças, a comunicação, a organização e a formação.
As finanças garantem os recursos materiais que viabilizam a atividade, como as faixas e as bandeiras, o transporte dos manifestantes e militantes de nossa entidade, a refeição, se necessário e etc.
A comunicação é imprescindível para a mobilização e divulgação da atividade, sendo um intrumento a serviço da organização. A formação cumpre a função de auxiliar os militantes na formulação da política, mediante a avaliação da conjuntura e análise de experiências anteriores, possibilitando aplicação da teoria, além é claro de forjar quadros capazes.
A organização seria o conjunto de atos que possibilitam a realização da atividade, a divisão de tarefas, a divulgação e a mobilização, a contratação de transporte, do carro de som, a escolha do horário de início da passeata, a hora da dispersão etc.
A partir desse exemplo, percebe-se que as diversas áreas que compõem a UJS estão diretamente ligadas. Se uma área não funcionar, todo o sistema pode ser comprometido. Então, para que a UJS se fortaleça é preciso a primorar e coordenar cada uma delas.
Também foi destacada a importância da autonomia que se pretende conferir aos núcleos nessa nova gestão. Os núcleos e demais organismos devem ter autonomia na gestão de suas finanças, sua formação e organização. Ou seja, os núcleos da UJS precisam ter vida própria. Nessa gestão, a direção da UJS pretende abandonar a postura paternalista com que até então vinham sendo tratados os núcleos, eliminando a relação de dependência, dando-lhes autonomia organizativa.
Isso não siginifiva que os organismos da UJS não devam receber acompanhamento da direção distrital, mas sim que a direção da UJS delega a eles maior autonomia em sua organização, para que os militantes possam assumir responsabilidades, para que possam caminhar com as próprias pernas.
Para tanto, surge a necessidade dos núcleos se estruturarem conforme a direção da UJS, ou seja com a divisão das áreas de finanças, organização comunicação, e formação.
O seminário da UJS-DF foi marcado pela intensa participação dos presentes, pelo grande número de intervenções, que contribuíram enormemente para a formulação dessas diretrizes, aprimorando o debate sobre a organização da UJS-DF.
Como de costume, o seminário iniciou-se com a intervenção sobre a conjuntura internacional, com enfoque na América Latina, e na conjuntura política nacional.
Leandro Cerqueira, presidente da UJS-DF, destacou o fortalecimento do campo progressista na região, com a ascensão ao poder de lideranças de esquerda, como na Bolívia, Venezuela, Equador, Brasil, Argentina.
De acordo com Cerqueira, o avanço de setores democráticos e patrióticos em nosso continente é uma resposta dos povos aos anos de exploração neo-liberal. Os povos latino-americanos ambicionam o resgate do Estado enquanto indutor do desenvolvimento e seu protagonismo na redução das desigualdades sociais.
O dirigente também atentou que apesar momento favorável vivido pela esquerda na América Latina, há sempre a ameaça de retorno ao poder por parte dos setores conservadores, como se pode observar por exemplo, na agenda pessimista imposta pela mídia no Brasil, nas greves dos produtores rurais que há pouco bloqueavam as estradas e paravam a Argentina, na ofensiva separatista empreendida pelas oligarquias bolivianas contra o governo popular daquele país.
Com relação ao Brasil, Cerqueira destacou os importantes avanços sociais do atual governo, mas ressaltou o fato de não ter ocorrido mudanças estruturais na sociedade brasileira.
Para o presidente da UJS-DF, falta ao atual governo convicção política para empreender as mudanças mais profundas que o País precisa. Apesar da enorme popularidade, o governo mostra-se tímido para por em prática políticas ainda mais avançadas, e acaba por não promover as reformas estruturais no Brasil, como a reforma agrária, a reforma política, a reforma tributária, dentre outras.
Em razão dessa timidez, um próximo governo, caso não pertença ao campo progressista que hoje está no poder, poderá facilmente retroceder nas conquistas, resgantando políticas comprovadamente fracassadas que assolaram o país antes da era Lula.
Diante do quadro positivo porém instável que marca a política brasileira nesse momento, a UJS, enquanto força revolucionária, precisa estar preparada e consciente de seu papel na disputa que se dará em 2010, a fim de contribuir para que os avanços dos últimos anos tenham continuidade.
Passando-se à discussão acerca da UJS-DF, ressaltou-se, com relação às finanças, o excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pelo secretário de finanças Tiago, que nos últimos meses tem garantido os recursos essenciais ao bom funcionamento da UJS. Pela primeira vez no Distrito Federal, a UJS aponta para uma gestão eficiente nessa área, de grande importância para o crescimento de nossa organização.
Além das finanças, discutiu-se também a formação. Entre a leitura entusiasmada de poemas e avançadas intervenções viu-se que, como nunca antes na UJS-DF, a formação, o domínio da teoria marxista assumiu grande importância para nossa entidade. O militante/dirigente da UJS deve ser capaz de travar o debate ideológico com as forças opositoras, deve ter conhecimento de seu papel e da importância de sua atuação. Ou seja, é preciso que compreenda sua missão de agente modificador tanto da realidade local, nas escolas e universidades, quanto da realidade nacional. Como bem ressaltado no seminário, "não há prática revolucionária sem teoria revolucionária".
Finalmente, no que se refere a comunicação, destacou-se a necessidade de reativar e aprimorar as iniciativas já existentes, como o grupo, o site, o blog e o jornal " O trombone". Nas gestões anteriores essas iniciativas não tiveram continuidade ou não foram manuseadas com a regularidade que a dinâmica da UJS demanda.
Ocorria que em virtude do baixo número de militantes, a direção tinha que se desdobrar para cumprir a agenda da UJS, e isso fazia com que algumas áreas, dentre elas a comunicação ficassem em segundo plano.
Agora a nova direção tem a oportunidade de corrigir essa falha, pois a UJS vive um momento privilegiado, com quadros disponíveis para atuar nessa área. A comunicação da UJS deverá ser utilizada para formar e informar os filiados, divulgar a entidade, e também como forma de luta pela quebra do domínio quase que exclusivo da comunicação por forças conservadoras.
Além disso, percebeu-se a necessidade de criação de espaços de comunicação entre os organismos da UJS, para que os militantes das diversas cidades possam saber o que os outros estão fazendo, para que todos saibam o que está se passando na UJS em suas várias frentes.
Quanto ao debate relativo à organização, um aspecto que foi diversas vezes ressaltado nas intervenções do seminário foi a " transversalidade". Segundo os militantes que abordaram o tema, a transversalidade consiste na conexão entre as diversas áreas que compõe a direção da UJS, como as finanças, a comunicação, a formação e a organização. É preciso que haja uma coordenação entre todos esses campos para que a UJS possa se expandir.
Como bem exemplificado pelo camarada Felipe Vieira (UBES), a transversalidade pode ser observada quando por exemplo para realizar uma atividade, como uma passeata, é preciso haver uma integração entre as finanças, a comunicação, a organização e a formação.
As finanças garantem os recursos materiais que viabilizam a atividade, como as faixas e as bandeiras, o transporte dos manifestantes e militantes de nossa entidade, a refeição, se necessário e etc.
A comunicação é imprescindível para a mobilização e divulgação da atividade, sendo um intrumento a serviço da organização. A formação cumpre a função de auxiliar os militantes na formulação da política, mediante a avaliação da conjuntura e análise de experiências anteriores, possibilitando aplicação da teoria, além é claro de forjar quadros capazes.
A organização seria o conjunto de atos que possibilitam a realização da atividade, a divisão de tarefas, a divulgação e a mobilização, a contratação de transporte, do carro de som, a escolha do horário de início da passeata, a hora da dispersão etc.
A partir desse exemplo, percebe-se que as diversas áreas que compõem a UJS estão diretamente ligadas. Se uma área não funcionar, todo o sistema pode ser comprometido. Então, para que a UJS se fortaleça é preciso a primorar e coordenar cada uma delas.
Também foi destacada a importância da autonomia que se pretende conferir aos núcleos nessa nova gestão. Os núcleos e demais organismos devem ter autonomia na gestão de suas finanças, sua formação e organização. Ou seja, os núcleos da UJS precisam ter vida própria. Nessa gestão, a direção da UJS pretende abandonar a postura paternalista com que até então vinham sendo tratados os núcleos, eliminando a relação de dependência, dando-lhes autonomia organizativa.
Isso não siginifiva que os organismos da UJS não devam receber acompanhamento da direção distrital, mas sim que a direção da UJS delega a eles maior autonomia em sua organização, para que os militantes possam assumir responsabilidades, para que possam caminhar com as próprias pernas.
Para tanto, surge a necessidade dos núcleos se estruturarem conforme a direção da UJS, ou seja com a divisão das áreas de finanças, organização comunicação, e formação.
O seminário da UJS-DF foi marcado pela intensa participação dos presentes, pelo grande número de intervenções, que contribuíram enormemente para a formulação dessas diretrizes, aprimorando o debate sobre a organização da UJS-DF.
2 comentários:
é isso aih galera. O nosso seminário foi show de bola. A UJS DF tem tudo pra ser a maior UJS do país.
Valew camaradas por esse dia vitorioso.
Força que cresce no Planalto Central. Aqui é a UJS do Distrito Federal.
Legal, atualizado. Valewwz!!
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