domingo, 8 de fevereiro de 2009

Equador expulsa diplomata dos EUA que tentou ''comprar'' polícia

O presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou neste sábado a expulsão do país de um funcionário da embaixada dos Estados Unidos depois de acusá-lo de impor condições para ajuda operacional e econômica para o desenvolvimento de projetos com a polícia equatoriana.

O presidente do Equador, Rafael Correa, determinou, neste sábado, a expulsão em até 48 horas de um adido da embaixada dos Estados Unidos, por ter tentado influenciar na escolha de um comandante de uma unidade policial mediante chantagem econômica.

Armando Astorga, um dos representantes da embaixada dos EUA no Equador, teria enviado uma carta para autoridades policiais do país informando que dava por encerrado um convênio de apoio para a criação de unidades para a luta contra o contrabando.

A decisão comunicada pelo funcionário da embaixada se sustentou na negativa do país andino de que os EUA designasse funcionários que desenvolveriam os projetos. O Equador afirmou que a exigência violava sua soberania.

''Senhor chanceler, ouça-me! Dou 48 horas a este senhor Armando Astorga para que pegue sua mala e deixe o país! Aqui, não vamos aceitar que ninguém nos trate como colônia'', declarou Correa, em seu programa semanal de rádio e TV.
O presidente acusou o funcionário de tentar subjugar a polícia equatoriana, por meio da ajuda de US$ 340 mil, e leu a carta do representante americano, na qual ele anunciava o fim da colaboração dos EUA.
''Nessa unidade de operações, que recebe financiamento dos Estados Unidos (...) eles classificam o comandante da unidade. Eu dei ordem ao comandante para acabar com isso (...)'', afirmou Correa.
''Senhor Astorga, fique com seu dinheiro sujo, não precisamos dele, aqui temos soberania e dignidade. O Equador não precisa da caridade de ninguém'', frisou o presidente equatoriano.
Segundo a imprensa, representantes da embaixada dos EUA não estavam disponíveis para comentar a decisão do presidente equatoriano.

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