segunda-feira, 1 de julho de 2013

#BrasilMostraSuaCara

 Estudantes de todo o país coloriram as ruas do planalto central por mais investimentos em educação
Em meio as grandes manifestações que tem tomado conta do Brasil nas últimas semanas, os estudantes brasileiros reafirmaram nessa quinta-feira (27/6) que a melhor forma de fazer política e mobilizar a opinião pública por mudanças é ocupando as ruas. Brasília, foi novamente o palco da juventude e estudantes de diversos estados brasileiros, junto com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e com a União Nacional dos Estudantes, pegaram a estrada e desembarcaram no coração político do país.
Investimento em educação, passe livre irrestrito para os estudantes, reforma política, democratização da mídia e repúdio à homofobia foram temas de primeira ordem no ato nacional que seguiu rumo Congresso Nacional. Para presidenta da UBES, Manuela Braga, é impossível não ouvir a voz que vem das ruas. “O movimento estudantil clama por mais vitórias. Depois da suada aprovação na Câmara, destinando os royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal para educação, esperamos pressionar para que não tenhamos nenhum retrocesso. Ainda temos outras prioridades, como o passe livre estudantil e qualidade no transporte, problemas que batem de frente com o aumento da evasão escolar nas escolas”, comentou.
A defesa por mais investimentos em educação recebeu real destaque entre a estudantada durante a marcha, demonstrando entendimento da pauta. Com o rosto pintado e a bandeira do Brasil sobre as costas, o secundarista do Centro de Ensino Elefante Branco (Brasília), Leonardo Matheus, de 16 anos, contou que houve uma forte mobilização nas escolas. “Apesar de estarmos em período de gincana, a diretoria da UBES foi nas salas, explicou o que é os royalties e o que é reforma política, depois a galera começou a perguntar sobre outros assuntos pra ajudar a mobilizar mais turmas”, relatou o jovem que é presidente do grêmio Honestino Guimarães. Ele ainda encheu os pulmões pra lembrar que a própria escola ajudou a pressionar e aprovar a lei da reserva de vagas.
 Em cima do carro de som, o estudante do curso de Direito do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), Yuri Becker, ajudava a organizar o início da caminhada. “As manifestações são pra demonstrar que estamos buscando e queremos mais, evoluímos muito nos últimos 12 anos na educação brasileira, mas é preciso mais. Como em Santa Catarina e por todo país, precisamos ampliar os campus, as universidades estaduais e federais, precisamos garantir o passe livre e a democratização da mídia”, destacou.
A presidente de grêmio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina, Franciane Martini, de 16 anos, ressaltou a necessidade da permanência da juventude nas ruas. Depois de 25 horas de viagem, a secundarista afirmou que “há muito o que mudar, mesmo aqui ou em Santa Catarina, onde várias cidades restringem o transporte para os estudantes com número de passagens diárias limitadas”.
Esse grito incessante permanece na fala dos demais que encheram de cor o Distrito Federal. De cima do carro de som, o presidente da União Estadual dos Estudantes do Mato Grosso, Rarikan Heven, puxava as palavras de ordem durante a concentração na Biblioteca Nacional. Ele, que veio junto com os secundaristas e estudantes da Universidade Federal, afirmou que a galera veio determinada. “Vamos aproveitar a marcha para ir até a bancada de Mato Grosso no Congresso para que eles recebam diretamente as nossas pautas, como o financiamento do passe livre no estado”, afirmou.

“A gente sabe o quanto é importante colocar a massa na rua, radicalizar e parar as cidades”, contou o secundarista, Douglas Rodrigues ao citar as bandeiras de luta, especialmente o repúdio ao projeto “Cura Gay”. Ele que é presidente do grêmio estudantil Frei João Batista Vogel, do Colégio Estadual Polivalente Frei João Batista, em Anápolis, disse que além das pautas educacionais, o Estado tem se levantado contra o projeto homofóbico. “Especialmente pelo projeto se tratar de uma proposta do deputado João Campos (PSDB), parlamentar goiano que não representa a luta da população que o elegeu”, ressaltou.

Ônibus de outros estados também atravessaram o Brasil a caminho de Brasília, como os estudantes de São Paulo e do Paraná. Além de todos esses, Acre, Bahia, Pará, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul também marcaram presença com presidentes de entidades estaduais e diretores da UBES e UNE.
 Suevelin Cinti – Comunicação UBES

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