A UBES realizou um ato com cerca de 500 estudantes secundaristas, nesta quarta-feira (16), em frente ao Banco Central (BC), em Brasília. O protesto começou por volta de 10h, horário em que estava acontecendo uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir o aumento ou não na taxa básica de juros, a Selic.
Os estudantes protestaram também por mudanças na atual política econômica liderada por Henrique Meirelles, que incluem 10% do PIB para educação, fim da Desvinculação de Recursos da União (DRU), garantia de mais investimentos públicos para a área social, entre outras reivindicações.
Bexigas com tinta solúvel verde e amarela foram atiradas em direção ao prédio, ação que, segundo o diretor de políticas institucionais Thiago Mayworn, teve o intuito de "lembrar que o Banco Central é brasileiro e, por isso, deve defender o interesse da população e contribuir para o desenvolvimento nacional".
Os manifestantes também escreveram em pequenos papéis o que está atrapalhando o desenvolvimento do País e o que precisa mudar, depois foi feito uma fogueira onde os papéis foram queimados, em ato simbólico.
Para a entidade, o aumento na taxa de juros serve apenas ao capital especulativo, que não investe no País, não gera emprego para a juventude e não contribui para o desenvolvimento nacional.
O ato também pediu a saída de Meirelles do comando do Banco Central, já que, de acordo com a entidade, ele representa uma ameaça aos avanços conquistados nos últimos anos com a queda e, posteriormente, manutenção da taxa Selic. Desde setembro de 2007 a taxa se mantém em 11,25% ao ano. O processo de redução dos juros foi iniciado em setembro de 2005. Ao todo, foram 18 cortes consecutivos até que a taxa atingisse o valor atual.
Outra pauta da manifestação é a Reforma Tributária, que de acordo com a UBES precisa garantir a inversão da realidade econômica atual: desonerar os trabalhadores, onerar os donos de grandes fortunas e tributar grandes heranças.
Segundo Thiago Mayworm "A proposta é levar o assunto para as ruas. É preciso despertar o interesse dos jovens para a ligação dos juros altos com as condições de ensino nas escolas públicas".
Da Redação
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