sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Governo sul-africano apresenta queixa à ONU sobre o caso de Caster Semenya

Para ministro, testes de sexualidade desrespeitaram a dignidade humana

O governo da África do Sul apresentou uma queixa à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o tratamento dado a Caster Semenya, campeã mundial dos 800m. A atleta de 18 anos foi submetida a testes para provar sua sexualidade. Segundo um jornal australiano, os resultados apontaram que ela é hermafrodita.

À frente do ministério da Mulher, Criança e Pessoas com deficiências, Noluthando Mayende-Sibiya escreveu a ação. Segundo ele, os testes a que Semenya foi submetida, pedidos pela Associação Internacional das Federações Internacionais de Atletismo (Iaaf), desrespeitaram a dignidade humana.

Em entrevista ao jornal sul-africano ‘Beeld’, o ex-treinador da Associação Sul-Africana de Atletismo (ASA), Wilfred Daniels disse, na quarta-feira, que os testes incluíam fotografia das partes íntimas de Semenya.

A Iaaf vai se manifestar sobre o caso somente em novembro, durante seu conselho. Na semana passada, Makhenkesi Stofile, ministro do Esporte da África do Sul, não se preocupou com o peso das palavras ao dizer o que aconteceria se Caster Semenya fosse banida do esporte: “Seria a III Guerra Mundial”.

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